Implementos batem recorde de vendas em 2011


A venda de implementos rodoviários ao mercado interno em 2011 registrou um recorde histórico: 190.825 unidades, ante 170.283 do período anterior. Porém, o crescimento não foi uniforme. De acordo com levantamento feito pela ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), o desempenho estatístico da indústria foi sustentado pelos negócios envolvendo os produtos do segmento de Carroceria sobre chassi, que registrou crescimento de 18,33%. No setor de Reboques e Semirreboques o percentual foi de 0,34% o que significa que, em números absolutos, foram comercializadas somente 190 unidades acima do total de 2010.
Esse resultado foi causado pela redução de acesso a crédito (Finame) de 100% da parte financiável para 70% e pelo redirecionamento da verba que normalmente seria utilizada para a aquisição de implementos rodoviários. As empresas optaram por comprar caminhões Euro 3 ao invés de renovarem ou expandirem sua base logística.
A queda no ritmo de crescimento foi verificada ao longo do ano. O percentual é o acumulado do período em comparação ao ano passado. Assim, no primeiro quadrimestre (janeiro a abril), o ritmo de crescimento indicava que as vendas do segmento Carroceria sobre chassi eram 27,95% superiores ao mesmo período de 2010. No segmento de Reboques e Semirreboques o percentual era 13,17%. Na estatística de outubro, o setor de Carroceria sobre chassi desaquecera cinco pontos percentuais (22,81%) e o de Reboques e Semirreboques baixara para 6,5%.
Alguns produtos do segmento pesado sentiram com mais força o peso dessa retração. O segmento de Tanques sofreu redução acima de 20%. Outra linha de produtos que também sofreu queda expressiva foi Canavieiro – 23,02%.
“Essa redução no ritmo de vendas não dá demonstrações de que vá parar porque as regras de financiamento não foram alteradas”, alerta Rafael Wolf Campos, presidente da ANFIR.
O desempenho positivo que se projeta para a economia brasileira não terá efeito direto sobre os negócios do setor, que seja capaz de reverter essa tendência, porque não há sinais por parte do governo de que as regras de financiamento serão alteradas. “Se houver uma mudança ampliando o acesso ao crédito o quadro com certeza mudará”, afirma Mario Rinaldi, diretor Executivo da ANFIR.



Fonte: Divulgação / Noma Implementos

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