Faltam mesmo motoristas?

                                               


Essa frase acima foi muito discutida nesses últimos dias. Sempre temos diálogos e discussões sobre esse assunto, mas mês passado, devido a "carta do editor" escrita por Marcos Villela da revista Transporte Mundial (o que já valeria muitas horas de conversa por conta da influência da edição no setor), veio à tona a polêmica sobre a falta de motoristas qualificados e os que querem ingressar na profissão e por conta da falta de experiência não conseguem.
De fato, isso está criando um gargalo, e constantemente se ouve falar de transportadoras com caminhões parados. Os caminhões cada vez mais recheados de tecnologia embarcada exigem motoristas muito bem capacitados. Assim, existem muitos motoristas querendo trabalhar mas acabam não se encaixando nas exigências das empresas. Mas e os novos profissionais? Estes, muitos já estão alinhados às novas tecnologias, mas reclamam da falta de oportunidade de iniciar na carreira. O lado do frotista, dá até para compreender seu problema, entregar equipamentos de milhares de reais nas mãos de pessoas sem experiência muitas vezes se torna inviável. Mas se continuar assim, a falta de motorista irá piorar cada vez mais.
Analisando esse mundo de perto a coisa é ainda mais feia, como muitos sabem, trabalho em uma transportadoras de grande porte, e observando o fluxo de candidatos às vagas, fica nítido que muitos jovens procuram emprego na empresa, e como um diferencial, ela recebe muito bem estes candidatos, e até disponibiliza certo treinamento para os mesmos, mas quando a atual  juventude, ao realizar o sonho de criança, se depara com a realidade do profissional do volante (privação de sono, distancia de casa, perigos na estrada, falta de infraestrutura, entre outros),  acabam desistindo e procurando outro ramo de emprego. Por conta disso, muita coisa deve ser modificada, a começar pela condição de trabalho do profissional, muitas vezes deixada de lado pelo empresário, que oferecendo um caminhão com caixa automatizada, ar condicionado e salário mediano, acha que já está perfeito para manter sua frota em circulação, mas a realidade diz o contrário.

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3 Comentários

  1. Certa vez fiz uma pergunta que ficou sem resposta: O que é um motorista qualificado? É aquele que fala inglês? É aquele que sabe pensar? Do ponto de vista da eletrônica embarcada, deveria ser aquele que consegue dedicar algum tempo a uma atenta leitura ao manual do proprietário do veículo. Me perdoe a ignorância, mas considero qualificado não o que fala inglês (isso não deveria ser critério de contratação em lugar algum. Inglês se aprende depois de contratado, até porque curso de inglês custa caro e nem todo mundo tem papai e mamãe para pagar). Considero qualificado aquele que se dedica a conhecer o equipamento, saber das suas limitações (isso implica num melhor julgamento das situações de estrada como uma ultrapassagem, por exemplo, o que significa menor exposição a acidentes lamentáveis e desnecessários) e dedica alguns minutos do dia à leitura do manual do veículo. Sinceramente, eu não sei o que é um profissional qualificado em quaisquer áreas do mercado de trabalho. A experiência tão cantada em prosa e verso só se consegue trabalhando.

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  2. Adelmo voce falou ai e falou e não falou nada no comentário, em tese está ai o que o Wagner falou, concordo completamente com ele. As empresas até dão chances mas a rotina de um profissional do volante não é facil, passamos muitas privações e humilhações e a galera quando se depara com essa situação pula fora rapidinho.

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  3. eu ja trabalhei na maroni ate fome passei nesta empresa..........

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