Bicudos vs Cara-chatas

Entre as diversas polêmicas do universo dos caminhões, esta é bem comentada, o fim dos caminhões bicudos dando lugar aos cara-chatas. Claro que o assunto é bem complexo, pois envolve investimentos, interesses diversos e até lobby. Ambas as configurações possuem vantagens, não podemos ignorar as virtudes dos cabines avançadas( cara-chata) quanto a facilidade de manobras em espaços pequenos e manutenção no motor ao bascular a cabine. Mas o conforto, espaço interno e comodidade sem duvidas são discrepantes nos bicudos frente aos frontais.
E quanto mais eu dirijo um bicudo mais fica evidente pra mim o aumento do conforto, pois o eixo dianteiro fica a frente do assento do motorista. Quanto a segurança ambas as cabines são seguras em relação as normas de segurança, tendo o bicudo somente com a impressão de mais protegido. Os motoristas em geral torcem pra volta dos bicudos, acho difícil, mas com a falta de motoristas, o retorno dos bicudos seria uma ótima ação para reter profissionais, e con isso um momento perfeito para alterar a lei do comprimento, que mede o conjunto cavalo e carreta. E ao ver caminhões cada vez maiores mantendo as cabines diminutas é revoltante!

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4 Comentários

  1. Também aprecio os "bicudos" e, levando em conta fatores referentes à segurança, se a cada nova geração os carros ficam mais volumosos por fora para atender a exigências no tocante à proteção dos ocupantes em caso de colisão, chega a ser irônico que se tente espremer os caminhoneiros nuns cubículos mais apertados que aquelas guaritas de fibra usadas em portarias de edifícios...

    A propósito: outro aspecto a considerar, para operadores militares, é a maior proteção da tripulação ao passar por áreas onde haja minas terrestres, pois no caso duma ser detonada, a roda que tenha passado por cima não seria projetada em direção ao motorista ou a um dos passageiros.

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  2. Outros fatores são frete baixo, custos elevados de manutenção, diesel caro, infraestrutura péssima, rodovias esburacadas e a pouca força que os autônomos têm em nosso país. Muitos transportadores, grandes, pequenos ou autônomos, têm de lutar para não ir à falência, numa verdadeira corrida maluca para levar mais carga possível. Creio que se o cenário fosse mais favorável, mesmo com a legislação atual ainda teríamos um bom número de "bicudos" em produção.
    Está na hora de "reamericanizar" as leis sobre comprimento no Brasil.

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